PROTEÇÃO DA PELE CONTRA OS RAIOS UVA E UVB
- eudermaestetica
- 12 de ago. de 2014
- 3 min de leitura
Você sabia que o FPS informado nos rótulos dos protetores solares é apenas a proteção do produto contra os raios UVB?
Como os raios UVB causam as queimaduras solares, o fato de se expor ao sol e não ficar vermelho, não significa que a pele não sofreu a ação danosa da radiação UV, pois existem os raios UVA que não causam queimaduras, mas podem danificar irremediavelmente a pele. A proteção contra os raios UVA é mensurada no rótulo do produto pelo PPD (Persistant Pigment Darkening).
A maioria dos rótulos dos protetores solares ainda não informa qual é o PPD do produto, ou seja, não informa qual a proteção contra os raios UVA. A intensidade dos raios UVA é constante durante todo o ano, atingindo a pele da mesma forma em qualquer estação. Esses raios provocam reações à longo prazo, devido ao efeito acumulativo da radiação durante a vida. Assim, se o objetivo for proteger a pele contra manchas, envelhecimento precoce e câncer de pele, o protetor solar precisa ter alta proteção contra os Raios UVA (alto PPD).

No Brasil ainda não é obrigatório a exibição do PPD nos rótulos dos protetores solares, o que é muito preocupante já que os raios UVA são os responsáveis pelos piores danos á pele e estes danos não são imediatos, então não é possível perceber que o protetor solar não é eficiente. Mas a legislação já foi alterada pela ANVISA e esta exigência entra em vigor a partir de Outubro de 2014, prazo limite para os fabricantes se adequarem.
Testes recentes realizados pelo INMETRO com as 10 marcas mais vendidas no Brasil, deixaram claro a péssima proteção UVA oferecida pelos protetores e sua curta duração. A maioria dos produtos testados perdeu mais de 60% do seu efeito após uma hora de aplicação sobre a pele. Ou seja, não basta comprar um protetor solar que tenha alto PPD; esta proteção precisa ter boa duração. Daí a importância de utilizarmos apenas protetores fotoestáveis, o que quer dizer que os filtros solares presentes em sua composição não se degradam em contato com a radiação, tendo assim boa duração.
No mercado internacional encontramos protetores solares fotoestáveis que não se degradam rapidamente, chegando a ter duração de 12 horas. No Brasil a disponibilidade ainda é pequena, mas é possível encontrar marcas que conferem proteção solar eficiente. Cabe aos profissionais e consumidores se informarem, buscando por produtos fotoestáveis e que trazem a informação do PPD no rótulo.
Procure preferencialmente pelas marcas que tragam o PPD em números:
PPD 20, PPD 28, por exemplo, pois isto quer dizer que foram testados IN VIVO e apresentam este fator de proteção contra o raio UVA. Ou seja, se o produto tem PPD 20, quer dizer que com ele na pele seria necessário uma radiação solar 20 vezes maior para causar o mesmo dano em relação á pele desprotegida. Já as marcas que trazem o PPD em cruzes: PPD ++ ou +++, só passaram pelo teste IN VITRO, ou seja, aparelhos, não foram testados na pele humana e por seu resultado ser subjetivo, não avaliar a formação do filme de proteção sobre a pele (que sofre muita influencia com o veículo utilizado no protetor solar), eles não trazem um fator preciso, em números.

Lembrete:
A radiação UVB ocorre com maior frequência durante o verão, quando esse raio penetra superficialmente na pele e desencadeia eritema e queimaduras de sol.
Os raios UVA estão presentes praticamente com a mesma intensidade o ano todo, penetram profundamente na pele e são os principais responsáveis pelo surgimento das manchas, do envelhecimento precoce e do câncer de pele. Eles também estão presentes nas câmaras de bronzeamento artificial , inclusive em doses mais altas do que a radiação solar.
Janete Grippa Assis
Farmacêutica Especialista em Cosmetologia
Professora de Pós-Graduação das Faculdades Ciências Médicas, FUMEC, UNA e outras.
Diretora Técnica da Farmácia Debonne
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